sábado, 28 de maio de 2011

A professora de Sociologia (Margarida Agostinho) propôs que neste último período realizasse-mos um trabalho diferente em vez das aulas expositivas, com esse objectivo iremos abordar um tema sobre um capitulo do nosso manual.
           O tema intitula-se “Pobreza e Exclusão Social” e o nosso grupo é constituído por Ana Luz, Ana Silva, Daniela Branco e Rita Sousa. Este trabalho tem como objectivo dar assas á nossa criatividade, interesse e empenho pela disciplina, assim, o nosso suporte escrito será diferente, em formato de jornal “ Pobreza XXI”, um blog (www.pobreza-e-exclusao-social.blogspot.com) e no final da nossa apresentação oral iremos mostrar um vídeo alusivo ao nosso tema.
Ao longo do nosso jornal teremos a explicação de cada uma das partes, causas e consequências e esquemas explicativos; para além disso os elementos do grupo fizeram uma reflexão sobre a temática, incluiremos também algumas opiniões dos nossos colegas de turma e professora sobre a mesma e concluiremos com uma reflexão realizada por uma docente da área de História, Maria Antónia Ferreira.
 

Pobreza

O que é a Pobreza?

           É uma situação de acentuada carência de recursos essenciais para satisfazer as necessidades básicas.

A pobreza pode ser entendida em vários sentidos, principalmente:
Þ Carência material; tipicamente envolvendo as necessidades da vida quotidiana como alimentação, vestuário, alojamento e cuidados de saúde. Pobreza neste sentido pode ser entendida como a carência de bens e serviços essenciais.
Þ Falta de recursos económicos; nomeadamente a carência de rendimento ou riqueza (não necessariamente apenas em termos monetários). As medições do nível económico são baseadas   em níveis de suficiência de recursos ou em "rendimento relativo". A União Europeia, nomeadamente, identifica a pobreza em termos de "distância económica" relativamente a 60% do rendimento mediano da sociedade.
Þ Carência Social; como a exclusão social, a dependência e a incapacidade de participar na sociedade. Isto inclui a educação e a informação. As relações sociais são elementos chave para compreender a pobreza pelas organizações internacionais, as quais consideram o problema da pobreza para lá da economia.

Causas:

Þ Factores político-legais: corrupção, inexistência ou mau funcionamento de um sistema democrático, fraca igualdade de oportunidades.
Þ Factores económicos: sistema fiscal inadequado, representando um peso excessivo sobre a economia ou sendo socialmente injusto; a própria pobreza, que prejudica o investimento e o desenvolvimento, economia dependente de um único produto.
Þ Factores sócio-culturais: reduzida instrução, discriminação social relativa ao género ou à raça, valores predominantes na sociedade, exclusão social, crescimento muito rápido da população.
Þ Factores naturais: desastres naturais, climas ou relevos extremos, doenças.
Þ Problemas de Saúde: adição a drogas ou alcoolismo, doenças mentais, doenças da pobreza como a SIDA e a malária; deficiências físicas.
Þ Factores históricos: colonialismo, passado de autoritarismo político.
Insegurança: guerra, genocídio, crime.



Consequências:

 Muitas das consequências da pobreza são também causas da mesma criando o ciclo da pobreza.
 Algumas delas são:

Þ Fome.
Þ Baixa esperança de vida.
Þ Doenças.
Þ Falta de oportunidades de emprego.
Þ Carência de água potável e de saneamento.
Þ Maiores riscos de instabilidade política e violência.
Þ Emigração.
Þ Existência de discriminação social contra grupos vulneráveis.
Þ Existência de pessoas sem-abrigo.
Þ Depressão.
 

AS DUAS TRADIÇÕES RELATIVAS À ABORDAGEM DA POBREZA SÃO COMPLEMENTRARES PORQUE ASSOCIAM A DIMENSÃO PLURIDIMENCIONAL À ANALISE QUANTITATIVA DESTE  FENOMENO SOCIAL.

Exclusão Social

O que é a Exclusão Social?                                                   
 Baseia-se nos conceitos de solidariedade, laços sociais e cidadania, que fomentam a coesão  social . Numa situação de exclusão rompem-se esses laços.



A pobreza pode, por exemplo, levar a uma situação de exclusão social, no entanto, não é obrigatório que estes dois conceitos estejam intimamente ligados. Um trabalhador de uma classe social baixa, pode ser pobre e estar integrado na sua classe e comunidade. Deste modo, factores/estados como a pobreza, o desemprego ou emprego precário, as minorias étnicas e ou culturais, os deficientes físicos e mentais, os sem-abrigo, trabalhadores informais e os idosos podem originar grupos excluídos socialmente mas, não é obrigatório que o sejam.
Existem diversos tipos de exclusões sociais, Alfredo Bruto da Costa (2009) referiu-se que exclusões sociais deveriam ser definidas conforme as causas que apresentavam e os efeitos que exigiam. Nesta perspectiva, o autor categorizou as exclusões sociais de cinco modos:

Þ A exclusão de ordem económica;
Þ Social;
Þ Cultural;
Þ Patológica;
Þ Comportamentos autodestrutivos.

As categorias sociais mais vulneráveis à pobreza em Portugal são:
Þ Desempregados;
Þ Trabalhadores com empregos precários;
Þ Trabalhadores com empregos de baixos salários;
Þ Membros de famílias numerosas sem recursos;
Þ Famílias monoparentais;
Þ Deficientes;
Þ Doentes crónicos e inválidos;
Þ Minorias Étnicas;
Þ Pensionistas com pensões reduzidas;
Þ Alcoólicos e toxicodependentes de baixos recursos;
Þ        Camponeses de regiões deprimidas


A título de curiosidade:
O conceito de exclusão social surgiu na década de 70 para mostrar os grupos sociais que nas sociedades desenvolvidas se encontravam à margem do bem estar atingido pela generalidade das populações dessas sociedades.

Notícias

Portugueses estão "cada vez mais pobres"

O presidente da Cáritas Portuguesa disse hoje, domingo, que o país está a vencer a batalha contra o défice à custa de muitos sacrifícios e sem que se permita às pessoas com mais dificuldades o acesso à protecção social necessária.
"Está-se a vencer esta batalha [défice] à custa de muito, muito, muito sacrifício e não se tem dado, paralelamente, condições às pessoas, sobretudo àquelas que estão em situações mais difíceis, para terem acesso à protecção social necessária para minorarem as dificuldades que estão a sentir", afirmou Eugénio Fonseca.
O responsável, que participou em Fátima no XI Encontro de Formação de Agentes Sócio Pastorais, considerou que os "próprios governantes reconhecem que as medidas que tomaram por via orçamental vão ter implicações na vida das pessoas que lhes vão gerar muitas dificuldades".
Adiantando que continua a ser solicitada ajuda à Cáritas e acreditando que assim vai continuar devido ao desemprego e à diminuição dos recursos disponíveis dos cidadãos, Eugénio Fonseca reiterou a "impossibilidade das instituições responderem a todas as necessidades".
Para o responsável, o "grande desafio" passa pela criação de condições para que as pessoas não se tornem pobres de longa duração, num momento em que, admitiu, a população portuguesa está cada vez mais pobre.
"Essa é uma constatação que só quem não quiser ver é que não reconhece isso, porque é inevitável", sustentou, enumerando a este propósito as repercussões das medidas que foram tomadas no âmbito dos planos de Estabilidade e Crescimento e do Orçamento para 2011.

Fonte: Jornal de Notícias (2011-01-06)






“84 milhões de pessoas ameaçadas pela pobreza na Europa”
       Os países da União Europeia formam uma das regiões mais ricas do mundo, mas há ainda 84 milhões de pessoas ameaçadas pela pobreza, alertou hoje, domingo, a Comissão Europeia, apelando a medidas concretas dos Estados-membros.

A propósito do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, que se assinala este domingo, o comissário Europeu do Emprego e Assuntos Sociais, Laszlo Andor, apelou a "acções concretas" que ponham em prática os compromissos assumidos este ano para reduzir a pobreza no espaço europeu.

"A decisão de tirar pelo menos 20 milhões de pessoas da situação de pobreza até 2020 é uma forte mensagem de que a União Europeia assume com seriedade a questão da inclusão social", disse o comissário em comunicado.

Laszlo Andor recordou que é tempo da Europa "transformar os compromissos em acções" e que a luta contra a pobreza é uma responsabilidade que deve ser repartida entre agentes sociais, políticos, media e organizações não-governamentais.

Este ano a Comissão Europeia deverá apresentar a Plataforma Europeia contra a Pobreza e a Exclusão Social.

Fonte: Jornal de Notícias, 201-10-17